CINEMA X REALIDADE
CRÔNICA SOBRE O CINEMA
Cinema X Realidade, quem é o mais inacreditável?
EXTRAORDINÁRIO - Foto Cortesia
Muitas pessoas questionam muitos as histórias que o cinema conta, que elas são tão incríveis que em sua maioria são irreais, e fogem da realidade. Mas o que ninguém nunca pensou ou parou para pensar, é que talvez, a realidade seja mais pesada, dolorosa e porque não dizer “inacreditável” do que a ficção.
Por exemplo, vamos a uma storyline. Um mulher negra, com 50 filhos, usa peruca ruiva lisa, cantora, pastora evangélica, deputada federal, amiga de uma das maiores autoridades políticas do País – o presidente da república -, manda matar o marido que já tinha sido seu filho e genro, depois de ter tentado envenená-lo por seis vezes, por ironia do destino o nome dessa figura é Flor de Liz. Para muitos, isso pode soar uma loucura desvairada do cinema americano, um exagero que pode ser apontado como “algo absurdo e fora do real”. Pois bem, a verdade é que essa storyline é mais real do que qualquer outra coisa. O caso que chocou o Brasil nos últimos dois anos parece superar qualquer ficção cientifica.
INVOCAÇÃO DO MAL - Foto Cortesia
O que é mais inacreditável? A realidade ou o cinema? Vamos pensar. O cinema é como um jogo de Lego, que precisa de peças para serem montadas e criar algo brilhante. As peças que o cinema busca para montar estão na realidade, expostos em capas de jornais,em notícias de telejornais, na rua da sua casa, nas esquinas do seu bairro, no passado do
nossos pais e dos nossos avós.
Dentre os milhares exemplos de filmes que foram inspirados em fatos reais desde os terrores Invocação do Mal (2013), Terror em Amityville (1979), passando pelos dramas prenda-me se for capaz (2002), A Procura da Felicidade (2006), A Teoria de Tudo (2014), Extraordinário (2017) e outros.
A PROCURA DA FELICIDADE - Foto Cortesia
Todos esses filmes por mais pesados que sejam, foram alimentados pelo o que realmente foi real. A diferença entre o real e o irreal é milimétrica, basta ver o que é mais emocionante, o que te coloca em transe entre acreditar ou aceitar.
O grande ator e diretor cinematográfico Orson Welles dizia que “O cinema não tem fronteiras e nem limites. É um fluxo constante de sonho”, ou seja, enquanto houver vida real, haverá cinema.