MULHER MARAVILHA 1984 O REFLEXO DA DC AINDA TENTANDO ACERTAR
Mulher Maravilha 1984 foi inicialmente programado para chegar aos cinemas em 19 de dezembro de 2019, mas para não interferir no lançamento do então mega sucesso “Coringa”, foi adiado para junho de 2020, entretanto foi novamente adiado devido a pandemia do coronavírus. Com isso, o filme só chegou aos cinemas brasileiros em 16 de dezembro de 2020.
A continuação do Mulher Maravilha lançado em 2017, chegou ao público com muita expectativa, pois a produção surpreendeu a todos, dentre os diversos fatores, desde roteiro até o desenvolvimento. Após o filme de 2017 ser lançado, muito se especulou que até que enfim, a DC Comics (produtora responsável pelas HQs da Mulher Maravilha, Batman, Aquaman, Shazam!, Superman e outros) até que enfim tinha encontrado uma fórmula para fazer filmes de super heróis.
Isso se deu após os fracassos oriundos de Batman VS Superman (2016), Liga da Justiça (2017), Esquadrão Suicida (2016) que não agradou os críticos e o público que resultou em uma bilheteria bem aquém do esperado. Tudo efeito da pressa em querer conquistar o público que nesse momento estavam presos aos filmes da Marvel que vinha se organizando e planejando sempre a longo prazo os seus lançamentos, tanta organização rendeu a cada lançamento mais 1 bilhão de dólares em bilheteria por cada filme.
Até que a produtora surpreendeu o público ao lançar Mulher Maravilha, seguido de Aquaman (2018) e Shazam! (2019), onde o público viu uma luz no fim do túnel e acreditava-se que enfim vinham grandes filmes por aí. Foi com essa expectativa que se esperava serem surpreendidos por esse último lançamento, porém o resultado foi outro.
Dirigido por Patty Jenkins e protagonizado por Gal Gadot, Mulher Maravilha 1984 traz uma estética bem elaborada, uma produção primorosa, além do elenco muito bem escalado, um parabéns especial para Pedro Pascal pela execução do vilão que carrega boa parte do filme, além de Kristen Wing pela Mulher – Leopardo e pasmem, para por aí.
Gal Gadot por incrível que pareça não é o foco do filme, embora ela seja responsável por boas cenas, porém a história não avança para ela e muito menos com ela. A moça é levada pelas consequências de outros personagens, além de ser menos ativa do que se esperava. Por fim, temos o retorno de Chris Pine que não acrescenta muito no filme e serve apenas como um alívio cômico e par romântico para Diana (Gadot).
Em suma, mais um filme da produtora não agradou, mas tem alguns pontos que salvam a produção e impedem o seu fracasso, dentre eles está a trilha sonora comandada pelo excelentíssimo Hans Zimmer. É mais uma prova que a DC Comics ainda caminha a passos lentos na busca de uma produção para conquistar o público como deseja. O que falta para isso acontecer? Mais ousadia, investimento e inovação.